Um comboio da Embaixada do Irã foi alvo de tiros no Iraque nesta sexta-feira (16). No incidente, dois diplomatas iranianos e dois funcionários da embaixada ficaram feridos, segundo o porta-voz do órgão, Manoucher Taslimi. Teerã reagiu de forma dura ao ataque, acusando os Estados Unidos de encorajarem ataques contra os interesses iranianos no Iraque, por causa de sua retórica anti-Irã. As forças dos Estados Unidos afirmaram em comunicado que não estavam "de forma alguma envolvidas nesse ataque" e acrescentaram que "condenam qualquer ataque contra convidados ou visitantes de qualquer país".
Não está claro quem disparou contra o comboio. Taslimi disse que não se sabia quem eram os homens armados. Segundo o porta-voz, o comboio foi atingido quando se dirigia para uma mesquita em Kazimiyah, norte do país. Um funcionário do Ministério do Interior disse que soldados iraquianos dispararam contra o comboio iraniano. O motivo teria sido uma discussão ocorrida porque a maioria dos funcionários iranianos não tinha documentos de identidade. A versão não pôde ser confirmada.
Os Estados Unidos acusam o Irã de armar e financiar milícias xiitas que enfrentam as tropas norte-americanas e as forças locais. O governo iraniano nega qualquer envolvimento. Em Teerã, Mohammad Ali Hosseini, porta-voz do Ministério da Relações Exteriores, atacou os EUA. Para ele, os comentários norte-americanos "encorajam o comportamento desumano dos ocupantes e grupos terroristas ativos no Iraque".
O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, ofereceu anistia a membros de grupos armados em Mossul, em troca da renúncia às armas. Segundo ele, os rebeldes têm dez dias, a partir de hoje, para entregar armas médias e pesadas em troca de uma recompensa financeira não especificada. O comunicado de Maliki também oferece anistia para os que pegaram em armas contra o governo, desde que eles não estejam envolvidos em crimes contra civis nem tenham "sangue nas mãos".
