O ministro da Justiça, Tarso Genro, vai a Mônaco no próximo sábado, dia 22, para negociar a extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Tarso vai se encontrar com o diretor-geral de Justiça do Principado, Philippe Narminau, para apresentar às autoridades de Mônaco os motivos da condenação de Salvatore Cacciola no Brasil e iniciar uma negociação para a extradição do ex-banqueiro.
Salvatore Cacciola havia sido condenado a 13 anos de prisão por desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta de instituição financeira. Ele estava foragido há sete anos e foi preso pela Interpol no dia 15. Na segunda-feira, o governo brasileiro pediu a prisão preventiva do ex-banqueiro com finalidade de extradição. A Justiça de lá ainda não julgou o pedido.
A assessoria do ministro explicou que ele vai pessoalmente negociar a extradição, pois as autoridades de Mônaco teriam expressado o interesse em que um representante do governo brasileiro expusesse os objetivos da extradição. O pedido formal para a extradição do ex-banqueiro deve ser apresentado na próxima semana, depois que o processo – de mais de 500 páginas – tiver sido traduzido para o francês. A Procuradoria-Geral de Mônaco avisou que, mesmo não tendo recebido ainda o pedido formal de extradição, a liberdade não virá antes do julgamento. Também advertiu que o príncipe de Mônaco, Albert II, a quem caberá a decisão, quer rigor contra acusados de crimes em outros países.