Taleban assume ataques que causaram 14 mortes

O Taleban reivindicou hoje a autoria de dois ataques à bomba separados que mataram oito americanos, cinco canadenses e um afegão ontem, em uma escalada da violência no Afeganistão. Um assessor do Congresso dos EUA disse que havia a suspeita de que um funcionário da CIA (agência de inteligência americana) estaria entre as vítimas da explosão em uma base americana na parte oriental do país. A explosão ocorrida ontem na base de operações avançadas Chapman na província de Khost, foi a que deixou mais vítimas entre americanos no Afeganistão desde outubro.

Separadamente, quatro soldados canadenses e um jornalista que acompanhava a unidade foram mortos ontem pela explosão de uma bomba junto à estada no sul do Paquistão, no mais sangrento incidente sofrido pelas forças canadenses em 2009. Michelle Lang, uma repórter de saúde de 34 anos do Calgary Herald, foi a primeira jornalista canadense a morrer no Afeganistão. Ela estava no país há apenas duas semanas.

O Taleban reivindicou a responsabilidade por ambos os ataques. O porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, disse no comunicado que um oficial do Exército Nacional Afegão, vestindo um traje suicida, entrou na base ontem e acionou os explosivos dentro do ginásio. Uma fonte americana também disse que a explosão ocorreu no ginásio. Não havia explicações sobre como um homem-bomba suicida na base nos arredores da cidade de Khost foi capaz de burlar a segurança. Khost é a capital da província de mesmo nome, que fica na fronteira do Paquistão e é um reduto do Taleban.

Uma fonte americana disse que oito civis americanos um afegão morreram no ataque; não está claro se a vítima afegã era militar ou civil. Outros seis americanos ficaram feridos. A CIA ainda não comentou ou confirmou as mortes. Não existe confirmação independente de que o homem-bomba era um membro do Exército afegão. O general Mohammad Zahir Azimi, porta-voz do Ministério de Defesa do Afeganistão, disse que nenhum soldado do Exército Nacional Afegão estava na base.