Os manifestantes contrários ao governo da primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, conseguiram impedir o registro de candidatos para as eleições de fevereiro e agora prometem paralisar a capital do país em meados deste mês, o que forçou o governo tailandês a pedir ajuda do Exército.
Segundo publicado pelo jornal local The Nation, Yingluck Shinawatra pediu que o Exército ajude a polícia a garantir o cumprimento da lei e a ordem caso o líder dos manifestantes, Suthep Thaugsuban, prossiga com a ameaça de desligar a capital do país, Bangcoc.
O jornal afirmou que a informação foi dada por um oficial do Ministério da Defesa. No entanto, a fonte disse que o comandante-geral do Exército, Prayuth Chan-ocha, não está tranquilo com o uso de soldados para ajudar a polícia. Em 2010, o Exército foi amplamente criticado pela participação na violência utilizada para reprimir os manifestantes.
Suthep Thaugsuban, líder do Comitê de Reforma Democrática Popular, convocou os oponentes do governo de Yingluck a tomarem as ruas em um grande protesto em 13 de janeiro, com o objetivo de paralisar a capital do país. O comitê anunciou hoje que ocorrerão marchas diárias a partir deste domingo para promover a paralisação da capital.
As eleições gerais estão programadas para 2 de fevereiro, mas nos últimos dias manifestantes cercaram os postos de registro dos candidatos e colocaram em dúvida o processo eleitoral.
Os candidatos conseguiram se registrar somente para 94% dos 500 assentos na Câmara dos Representantes do país. “Esse é o processo eleitoral mais crítico que nós já vimos”, disse o secretário-geral da Comissão Eleitoral da Tailândia, Puchong Nutrawong. Ele disse que a agência irá se reunir na segunda-feira para avaliar se é possível estender o período de registro, mas alertou que isso poderia fazer com que o resultado eleitoral fique sujeito a contestações legais. Fonte: Dow Jones Newswires e Market News International.
