O líder dos protestos contra o governo da Tailândia anunciou que se reuniu com a primeira-ministra Yingluck Shinawatra neste domingo e afirmou ter dado a ela um ultimato de 48 horas para “devolver o poder ao povo”.
Em tom de desafio, o líder opositor Suthep Thaugsuban disse que não aceitaria da primeira-ministra “nada menos do que a renúncia” de seu governo, eleito nas urnas, e sua substituição por um “conselho de notáveis”.
Suthep Thaugsuban disse que a reunião com a primeira-ministra foi mediada pelo exército, que alega neutralidade no conflito político.
Mais cedo, a polícia reagiu pela primeira vez contra os manifestantes que tentam derrubar o governo. Policiais dispararam bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para conter a multidão que atirava pedras e tentava chegar ao complexo de escritórios da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
A violência marca a escalada mais acentuada do conflito entre opositores e apoiadores da primeira-ministra e eleva os temores de instabilidade prolongada em uma das maiores economias do Sudeste Asiático.
Até agora, pelo menos três pessoas foram mortas e 103 ficaram feridas em confrontos, de acordo com a polícia e os serviços de emergência. A maioria das vítimas estavam em um estádio de Bangcoc, onde tiros foram disparados neste domingo pelo segundo dia, deixando uma pessoa morta.
Yingluck passou a manhã em reuniões em um complexo policial em Bangcoc, mas cancelou uma entrevista coletiva e saiu para um local desconhecido depois que mais de uma centena de manifestantes “tentavam ir atrás dela”, de acordo com a secretária da primeira-ministra, Wim Rungwattanajinda. Mas vários manifestantes entrevistados disseram que não sabiam que Yingluck estava lá dentro. E aqueles que entraram por alguns minutos no complexo disseram que não chegaram perto do edifício fortemente protegido onde Yingluck estava. Fonte: Associated Press.