Suspeito de ataque a soldado francês é preso

Traços de DNA numa garrafa de suco de laranja e imagens de uma câmera de segurança que mostram um homem rezando num shopping center levaram à detenção, nesta quarta-feira, de um suspeito de ter esfaqueado um soldado francês que patrulhava uma movimentada área nas proximidades de Paris, no sábado.

O ataque aconteceu dias depois de um soldado britânico ter sido assassinato numa rua de Londres em plena luz do dia, elevando temores sobre a realização de ataques por imitação.

O suspeito francês, identificado apenas por seu primeiro nome, Alexandre, teve suas imagens gravadas por uma câmera no sábado, enquanto fazia uma oração muçulmana num canto de um movimentado shopping center, 10 minutos antes de atacar o soldado com uma faca no bairro financeiro e comercial de La Defense, informou o promotor François Molins. O suspeito de 22 anos foi detido nas proximidades de Paris quando estava na casa de um amigo, que não tem ligação com o ataque, afirmou Molins.

O soldado francês se recupera dos ferimentos e já saiu do hospital.

“O suspeito confessou, de forma implícita, quando disse à polícia ‘eu sei por que vocês estão aqui'”, declarou Molins durante uma coletiva de imprensa em Paris. “Tendo em vista o ataque em Londres, no sábado imediatamente consideramos a possibilidade de ser terrorismo.”

O suspeito, que está desempregado e é sem-teto, foi identificado por meio do DNA que deixou uma garrafa plástica de suco de laranja e já era conhecido das forças de segurança por suas ligações com o radicalismo islâmico, disse Christophe Crepin, porta-voz do sindicato policial UNSA.

De acordo com Molins, o homem chamou a atenção após ter realizado uma oração na rua em 2007 e autorizou a coleta de seu DNA. Pelas leis antiterrorismo francesas, ele pode permanecer detido por 96 horas sem acusação formal.

As forças de segurança francesas estão em alerta máximo desde que o Exército do país iniciou uma intervenção no Mali em janeiro para recuperar territórios tomados por radicais islâmicos. Mas mesmo antes da ação militar francesa no país africano, soldados eram considerados alvos potenciais para radicais que vivem na França.

No ano passado, três paraquedistas franceses foram mortos por um homem que a polícia descreveu como um extremista islâmico nascido na França. Mohamed Merah também atacou uma escolha judaica no sul do país, matando um rabino e três crianças judias em março de 2012, antes de ser morto, naquele mesmo mês durante um confronto com a polícia. As informações são da Associated Press.

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