Susan Rice, a embaixadora dos Estados Unidos para a ONU, retirou hoje seu nome das considerações para suceder Hillary Clinton à frente do Departamento de Estado. A desistência foi apresentada sob a justificativa de que a indicação dela ao cargo acarretaria numa “longa e custosa” batalha pela aprovação do Senado.

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O anúncio é uma derrota para o presidente Barack Obama, já que cede a pressões feitas por congressistas republicanos que declararam considerar Rice inapta para o cargo por causa das entrevistas que concedeu, em nome do governo, logo após um ataque ao consulado do país em Benghazi, na Líbia, que matou o embaixador Chris Stevens, em 11 de setembro passado.

Nas entrevistas, Rice propagava a versão inicialmente dada pela Casa Branca de que o ataque era resultado de um protesto contra um vídeo de sátira ao islã. Mais tarde, a própria Casa Branca começou a tratar o caso como um ato de terrorismo. As investigações ainda estão em andamento.

Senadores republicanos, incluindo o ex-candidato à Presidência John McCain, afirmaram estar dispostos a “fazer o possível” para impedir a aprovação de Rice.

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Em sua primeira entrevista coletiva após a reeleição, em novembro, Obama disse que a embaixadora foi à TV a pedido dele e que ela “fez o melhor que podia” com as informações de que dispunha. Disse também que ela “não tinha nada a ver” com a investigação, já que é embaixadora na ONU (Organização das Nações Unidas), e que a atitude dos republicanos era “revoltante”.

“Se o senador McCain e outros querem perseguir, deveriam perseguir a mim”, atacou. “Se eu achar que ela será a melhor pessoa para servir ao país, no Departamento de Estado, vou nomeá-la. Mas essa é uma decisão que ainda não tomei”, disse o presidente, à época.

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