Um míssil aparentemente disparado pelos Estados Unidos matou até 20 pessoas nesta segunda-feira (27) no noroeste do Paquistão, segundo funcionários locais. O ataque é o mais recente em uma série de operações contra supostos esconderijos de militantes na área, próxima da fronteira com o Afeganistão. Em outros incidentes na zona fronteiriça, um carro-bomba matou duas pessoas em Qetta e um suicida danificou um posto de controle, ferindo oito pessoas e matando um civil, entre policiais e soldados.

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O ataque com míssil ocorreu no Waziristão do Sul, parte de uma zona governada por tribos em que pode estar escondido Osama bin Laden e também o número 2 da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri. Dois funcionários afirmaram que a casa atingida pertenciam ao chefe local do Taleban, Maulvi Nazir. As fontes dizem que a área foi isolada pelos extremistas e não se sabe ainda a identidade das vítimas.

O número de ataques com mísseis na região fronteiriça aumentou muito nas últimas semanas. Militares norte-americanos reclamam que as forças paquistanesas não fazem o suficiente para conter os militantes. Desde o meio de agosto, acredita-se que houve pelo menos 15 ataques dos EUA com mísseis na área. Os Estados Unidos evitam o assunto. A tática foi responsável pela morte de pelo menos dois líderes da Al-Qaeda neste ano, mas estremeceu a aliança EUA-Paquistão na luta ao terror, que dura sete anos, desde os ataques terroristas do 11 de Setembro.

Os novos líderes paquistaneses reclamam dos ataques, afirmando que eles são uma violação da soberania do país. Para piorar, o país vive uma crise econômica e negocia com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um pacote de ajuda.

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