Autoridades polonesas prenderam, a pedido da Alemanha, um suposto agente do serviço secreto israelense, o Mossad, por causa do papel dele no assassinato de um líder do Hamas em Dubai, informaram promotores alemães neste sábado. “Ele foi preso em Varsóvia e é suspeito de ter se envolvido ilegalmente na obtenção de um passaporte (alemão)”, afirmou um porta-voz da promotoria alemã, confirmando uma notícia da revista alemã Der Spiegel.”Cabe agora à Polônia decidir se ela entregará ele à Alemanha”, completou o funcionário.

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Segundo o texto publicado na sexta-feira na Der Spiegel, o suspeito foi identificado como Uri Brodsky e preso no início de junho, ao chegar ao aeroporto de Varsóvia. Suspeita-se que ele tenha ajudado um membro do Mossad a conseguir o passaporte alemão, em junho de 2009.

Mahmud al-Mabhuh, um fundador do braço militar do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, foi morto em seu quarto de um hotel em Dubai, em 20 de janeiro. A polícia de Dubai divulgou várias imagens de câmeras de segurança mostrando um grupo de suspeitos, que teriam vínculo com o Mossad. O líder do Hamas foi drogado e sufocado até morrer.

Doze passaportes britânicos, seis irlandeses, quatro franceses, um alemão e três australianos foram usados por 26 pessoas que estariam ligadas ao crime, segundo a polícia de Dubai. Em muitos casos, aparentemente os documentos foram fraudados ou obtidos ilegalmente. O tema causou um incidente diplomático, com cinco países cujos passaportes foram utilizados convocando enviados israelenses para pedir explicações. As informações são da Dow Jones.

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