Um suicida do Taleban se explodiu hoje perto da casa de um ministro provincial paquistanês, cujo único filho fora assassinado no sábado, 24, por militantes. Sete pessoas morreram e 25 ficaram feridas. Mian Iftikhar Hussain, ministro da informação da província de Khyber-Pakhtoonkhwa e crítico declarado do Taleban, era o alvo do ataque.
Ele estava recebendo condolências de visitantes na cidade de Pabbi quando a explosão aconteceu. Alguns de seus parentes também recebiam apoio numa mesquita perto da casa e dois deles ficaram feridos, disse a polícia.
O suicida estava numa motocicleta e se dirigia para a casa do ministro, quando foi interceptado por oficiais de segurança, informou o policial Liaquat Ali Khan. O homem-bomba decidiu então detonar os explosivos.
O Taleban paquistanês assumiu a responsabilidade pelo atentado, dizendo que o objetivo era matar Hussain, porque seu partido político é alinhado com os Estados Unidos. O Partido Nacional Awami é um grupo secular que se declara contra a atividade militante no Paquistão. “Está apenas começando”, afirmou o porta-voz do Taleban Ahsanullah Ahsan. “Vamos realizar mais ataques contra o partido, e destruir suas raízes”.
O ataque mostra os perigos enfrentados por aqueles que, no Paquistão, atraem a atenção ao se posicionarem contra os militantes islâmicos e têm sido alvo de ataques nos últimos anos. Hussain geralmente aparece em locais onde ocorreram ataques à bomba, na província do noroeste do país, para condenar o Taleban e suas facções aliadas.
No sábado seu filho Rashid Hussain foi assassinado a tiros na mesma área do distrito de Nowshera, ataque que, segundo Ahsan, o porta-voz do Taleban, também foi realizado pelo grupo.