A polícia sueca abriu uma investigação nesta terça-feira após o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, ter pedido que seja descoberto o que aconteceu com uma mala perdida em 2010. Assange suspeita que ela foi roubada por agentes de inteligência quando ele viajava da Suécia para a Alemanha.
Na mala estavam três laptops com material do WikiLeaks, incluindo provas de “crimes de guerra” supostamente cometidos por tropas norte-americanas no Afeganistão, segundo declaração feita pelo advogado de Assange preenchida com uma reclamação criminal na polícia do aeroporto Arlanda, em Estocolmo.
Na declaração, Assange sugere que sua mala pode ter sido ilegalmente apreendida “como parte de uma operação de inteligência com o propósito de reunir informações sobre mim”. Assange não apresentou provas, mas disse que todas as tentativas de localizar a bagagem fracassaram.
A medida foi anunciada um dia antes de o presidente norte-americano Barack Obama visitar a Suécia.
“A apreensão ou roubo ocorreu num período de intensas tentativas dos Estados Unidos de interromper as publicações do WikiLeaks”, disse Assange, que sugeriu que as autoridades suecas “busquem explicações” dos membros da delegação de Obama durante a visita ao país.
A divisão de controle de fronteiras do aeroporto de Arlanda abriu uma investigação de rotina após receber a reclamação nesta terça-feira, informou a porta-voz Jessica Fremnell.
O advogado de Assange, Per Samuelson, disse à Associated Press que funcionários dos aeroportos em Estocolmo e em Berlim não conseguiram localizar a mala e não puderam explicar como ela se perdeu quando Assange viajou para Berlim em 27 de setembro de 2010. Fonte: Associated Press.