O ministro de Justiça do Sudão, Abdel-Basset Sabdarat, libertou hoje 57 rebeldes da região de Darfur, entre eles 50 que haviam sido sentenciados à morte. O presidente sudanês, Omar Bashir, ordenou a libertação como parte do acordo de trégua assinado ontem com o mais poderoso grupo rebelde de Darfur, o Movimento Justiça e Igualdade. O líder do grupo, Khalil Ibrahim, disse que poderá libertar os soldados que mantém como reféns.

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De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 300 mil pessoas morreram e cerca de 2,7 milhões foram obrigadas a fugir em sete anos de conflito em Darfur. O governo do Sudão desqualifica as estimativas como exageradas.

A violência começou quando integrantes de tribos africanas da região pegaram em armas e rebelaram-se contra o governo sudanês. As tribos africanas denunciavam décadas de negligência e discriminação. O governo iniciou então uma contrainsurgência durante a qual uma milícia árabe pró-Cartum cometeu atrocidades contra a comunidade africana.

Debate-se há anos se o conflito entre o governo sudanês, dominado por árabes, e os rebeldes de etnias africanas em Darfur poderia ou não ser qualificado como genocídio.

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu antecessor, George W. Bush, referem-se à situação como tal, mas a Organização das Nações Unidas (ONU), não.