O governo do Sudão do Sul terá que pedir pesados empréstimos para compensar as perdas com a receita do petróleo ocasionada pelos combates em curso, informou, neste sábado, o ministro das Finanças do país, Agrey Tisa Sabuni. “Estarei à procura por empréstimos no mundo todo e tomarei os empréstimos que forem bons para o Sudão do Sul, independente da fonte”, afirmou durante entrevista em seu gabinete.
Sabuni disse ainda não ter certeza sobre a quantia necessário para apoiar o orçamento anual do país, de US$ 3 bilhões. Os novos aportes se somariam ao saldo de US$ 1,6 bilhões em empréstimos que o governo tomou no passado de companhias petrolíferas que operam no Sudão do Sul para cobrir o ano fiscal, que vai até junho.
A produção de petróleo no país é prejudicada pelos confrontos iniciados em 15 de dezembro, entre soldados leais ao presidente Salva Kiir e uma aliança de milícias étnicas e oficiais amotinados liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar, demitido em julho do ano passado.
Segundo Sabuni, até agora, a luta tem atrapalhado pelo menos um quinto da produção de petróleo do Sudão do Sul, de 240 mil barris por dia. “O impacto econômico da crise atual é definitivamente enorme e muito difundido”, afirmou. O Sudão do Sul é o terceiro maior produtor de petróleo da África subsaariana, atrás de Angola e Nigéria.
Desde segunda-feira, o governo do Sudão do Sul e os rebeldes negociam um cessar-fogo em Adis-Abeba, capital da Etiópia. Os combates já mataram milhares de pessoas e mais de 250 mil pessoas fugiram de suas casas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Fonte: Dow Jones Newswires.