A polícia do Sri Lanka usou bomba de gás lacrimogêneo e canhões de água para interromper o confronto entre partidários do governo e camponeses, que marchavam contra o plano do governo de construir uma zona industrial na cidade portuária de Hambantota. Uma empresa da China terá participação de 80% neste negócio. Cerca de 21 pessoas ficaram feridas.
O confronto teve início durante o discurso do primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, na cerimônia de abertura da zona industrial, localizada a cerca de 240 quilômetros da capital Colombo.
Os partidários do governo jogaram pedras nos opositores, que realizavam uma manifestação. Na sequência, eles reagiram com mais pedras. O protesto foi organizado por opositores do governo e liderado por monges budistas.
Cerca de 21 pessoas, incluindo três policiais, ficaram feridas e foram levadas para o hospital em Hambantota.
Segundo o primeiro-ministro, o Sri Lanka investirá US$ 5 bilhões na região nos próximos cinco anos, enquanto os investimentos da China chegarão a US$ 1,2 bilhão. A expectativa do governo é de geração de 100 mil empregos.
Um dos organizadores do protesto, Lawmaker D.V. Chanaka, disse que a área pode virar uma “colônia chinesa”. “Nós somos contra o arrendamento de terras onde pessoas vivem e cultivam, enquanto há outras regiões identificadas para uma zona industrial”, disse Chanaka. “Quando você dá uma área tão vasta de terra, não pode impedir que a região vire uma colônia chinesa”, complementou. Fonte: Associated Press.