As autoridades somalis prenderam nesta quinta-feira (30) o xeque Mohamed Ismail, um clérigo islâmico suspeito de envolvimento em uma onda de ataques suicidas que mataram mais de 20 pessoas. Segundo o governador de Puntland, Gelle Yusuf, Ismail está envolvido em cinco ataques aparentemente coordenados nesta quarta (29) na república separatista da Somalilândia e na região de Puntland.
Nenhum grupo assumiu até agora a autoria dos atentados. Os Estados Unidos afirmaram que os ataques têm a marca da Al-Qaeda. Eles ocorreram próximos de um escritório da ONU, do consulado etíope e do palácio presidencial da capital da Somalilândia, Hargeisa. Duas instalações do setor de inteligência foram atingidas em Puntland.
A Somália não tem um governo de fato desde 1991, quando senhores de guerra depuseram o ditador Mohamed Siad Barre e em seguida começaram a guerrear entre si. O atual governo foi formado em 2004, com a ajuda das Nações Unidas, mas não consegue proteger seus cidadãos da violência nem reverter o quadro de pobreza.
Além disso, militantes islâmicos realizam uma insurgência contra as tropas do governo e seus aliados etíopes há quase dois anos. Milhares de civis já morreram por causa da violência.