Solte a Bruxa que existe em você

Há várias indicações na Bíblia de que a palavra Halloween tem sua origem nos antigos escritos da igreja católica, onde há vários registros da expressão “All Hallows Eve”, cujo significado é “Dia de Todos os Santos”. Esse dia, para os católicos, é a data em que se reverenciam os Santos mortos. A pronúncia atual vem da contração feita de maneira errada da expressão original.

Também há registros de comemorações semelhantes adotadas pelos celtas, que viveram no norte da Europa por volta do ano 2.000 a.C. A civilização celta, um povo pagão, se espalhou pela Europa, e sua cultura foi transmitida oralmente de geração para geração. Acreditavam nas forças da natureza e procuravam prever e compreender as coisas através da observação do céu e do ambiente em que viviam. O ritual que promoviam durante vários dias, a partir do dia 1º de novembro, seria o primeiro dia do novo ano e era caracterizado como o Dia do Deus Sol. As fogueiras gigantescas no topo das montanhas eram uma forma de cultuar o contato entre o mundo espiritual e o mundo dos vivos, através do qual buscavam adivinhar o futuro e entrar em contato com os antepassados. Essas comemorações transformaram-se em um costume que, ao longo dos séculos, chegou até os ancestrais dos escoceses e irlandeses no século XIX, que por sua a vez, a levaram para os Estados Unidos.

Atualmente a festa de Halloween é a segunda maior manifestação popular dos americanos, perdendo somente para a de Natal. Ela acontece no dia 31 de outubro. No início, era somente uma comemoração de crianças que, fantasiadas de bruxas, monstros e vampiros, saem às ruas em bando, batendo nas portas e perguntando: “Trick or treat?” (gostosuras ou travessuras?), tradição que se mantém até os dias de hoje. Aos poucos, adolescentes e adultos também passaram a participar da festa, adotando, porém, rituais diferentes, como o jantar especial em que é obrigatório servir peru, as fantasias arrojadas e muita música para dançar.

Na década de 80 a festa de Halloween chegou ao Brasil, trazida pelas escolas de inglês como forma de divulgar a tradição, transformando-se no nosso “Dia das Bruxas”. Comemorada em salões, clubes e casas de shows – ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, em que é uma festa realizada nas casas das pessoas – a data, no nosso país, permite que os participantes vistam qualquer tipo de fantasia, não precisando ser necessariamente de bruxa ou bruxo. Por aqui tudo é válido, pois o importante é a brincadeira.

Decidir-se por uma fantasia para participar de uma festa de Halloween pode ser difícil para aqueles que não têm o dom de improvisar e montar seu próprio figurino. Para estes, a solução é visitar lojas de aluguel de fantasias, que dispõem de uma grande variedade de opções.

Mas se a opção for adotar o figurino de uma bruxa fashion, com uma mini-saia, um top e um chapéu pretos, o rosto, as mãos e os pés serão fundamentais para caracterizar a fantasia.

Primeiro, o rosto. A dica é usar uma maquiagem bem forte, com alguns itens em roxo e preto. O ideal é usar uma base no tom da pele, e depois, com a ajuda de um pincel de blush, espalhar pó branco por todo o rosto, cuidando da emenda com o pescoço. A pintura dos olhos precisa ser bem marcada, com traços definidos com lápis ou delineador preto, aplicação de cílios artificiais em tufos, e um bom retoque nas sobrancelhas. No espaço entre as sobrancelhas e os olhos, a dica é colar alguns cristais. Nos lábios, um batom bem escuro, e contorno com lápis preto. E na cabeça, o chapéu ? tente personalizá-lo também! – completa a fantasia.

As unhas das mãos e dos pés também podem e devem combinar com a roupa. Uma boa idéia será pintá-las de abóbora ou roxo (independente das cores da fantasia) e decorá-las com adesivos especiais para unhas com figuras de morcegos, teias de aranha, fantasmas ou abóboras, produtos já disponíveis nas perfumarias e lojas de cosméticos. E como o nosso país é tropical, você pode usar sandálias, com as unhas dos pés seguindo a mesma decoração das mãos.

Depois, é só aproveitar a festa!

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