Pelo menos 49 manifestantes foram mortos na Síria em conflitos com forças de segurança hoje, segundo testemunhas e grupos de direitos humanos. Esta sexta-feira já é o dia de conflito com o registro do maior número de mortes. Pelo menos outras 20 pessoas estão desaparecidas, de acordo com o diretor da Organização Nacional para os Direitos Humanos da Síria, Ammar Qurabi.
As mortes ocorreram quando soldados dispararam com armas de fogo e gás lacrimogêneo contra multidões que protestavam contra o regime sírio em diversas partes do país.
Testemunhas disseram ter visto pelo menos cinco corpos em um hospital nos arredores da capital síria, Damasco. Outras dez pessoas, incluindo um garoto de 11 anos, foram mortas na província de Daraa, durante um protesto diante da prefeitura da cidade de Izraa, afirmaram as testemunhas, que não se identificaram por medo de represálias.
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, ratificou ontem a lei que encerrou o estado de emergência vigente há 48 anos, numa tentativa de acalmar os opositores ao seu governo. As manifestações de hoje são um sinal de que as ações do presidente não surtiram efeito.
Mais de 200 pessoas morreram em choques com forças de segurança sírias desde meados de março, quando teve início a onda de protestos contra o governo.
