O suboficial do Exército dos Estados Unidos, Belmor Ramos, declarou-se culpado de associação ilícita no assassinato de quatro iraquianos nesta quita-feira (18). Os quatro corpos, com os olhos vendados e tiros à queima-roupa na cabeça, foram despejados num canal em Bagdá. O suboficial admitiu perante um tribunal militar que ficou de guarda enquanto outros soldados executavam os iraquianos em abril de 2007, supostamente como represália por baixas sofridas pela unidade.
Ramos, de 23 anos, corre o risco de ser condenado a sentença de prisão perpétua, apesar de a promotoria, por causa de um acordo em troca da declaração de culpa, ter recomendado baixa com desonra e cinco anos de reclusão.
O advogado de defesa pediu que Ramos seja rebaixado de patente, mas que seja mantido nas fileiras do Exército dos EUA. “Compreendo que deva ser punido e aceitarei qualquer castigo, mas peço humildemente, meritíssimo, que me deixe continuar no Exército”, pediu Ramos.
Momentos depois, o juiz Lawrence O’Brien declarou recesso para deliberar sobre a sentença. Ontem, três outros suboficiais – os sargentos John E. Hatley, Joseph P. Mayo e Michael P. Leahy Junior – foram acusados de assassinato premeditado, associação ilícita e obstrução de justiça. Ainda não foi definida a data da primeira audiência do julgamento deles.