O soldado israelense Gilad Shalit, de 25 anos, foi libertado nesta terça-feira após mais de 5 anos de prisão, cumprindo o acordo firmado entre Israel e o Hamas, segundo o qual Shalit seria trocado por 1.027 prisioneiros palestinos, em duas etapas.
A primeira etapa, iniciada nesta terça-feira, compreende a libertação de 477 prisioneiros palestinos acusados de terrorismo. Os outros 550 deverão ser soltos em até 2 meses. O processo de troca iniciou-se horas antes com comboios de prisioneiros, sobretudo mulheres, que deixaram prisões israelenses rumo à Cisjordânia, sob a guarda de soldados do Egito, país que mediou o acordo. Shalit havia sido capturado em 25 de junho de 2006.
“Eu espero que esse acordo ajude a alcançar a paz entre os dois lados, Israel e os palestinos”, afirmou Shalit à televisão egípcia, em sua primeira entrevista desde a libertação. “Eu sinto que estou com boa saúde”, disse ele em hebraico, através de um intérprete. O militar agradeceu a todos que trabalharam por sua libertação.
Segundo o soldado, os egípcios tiveram sucesso no acordo por terem boas relações com o Hamas e Israel. Ele disse que espera ver o restante dos prisioneiros palestinos libertados. “Eu ficaria muito feliz se todos fossem libertados, então eles poderiam voltar a suas famílias e a suas terras. Ficaria muito feliz se isso ocorresse”, afirmou.
O acordo é o maior preço que Israel já se dispôs a pagar por uma pessoa. Shalit tinha 19 anos e estava trabalhando perto da fronteira de Gaza quando foi capturado por militantes de três grupos palestinos, incluindo o Hamas. Três dias depois, Israel lançou uma grande operação em Gaza para buscar o soldado, que durou cinco meses e deixou mais de 400 palestinos mortos. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.