Uma equipe de resgate guiada por um sobrevivente seguiu nesta terça-feira (13) na busca por desaparecidos após o naufrágio de um ferry perto da ilha Sulawesi, na Indonésia. O ferry Teratai Prima, de 700 toneladas, atingido anteontem pelo ciclone tropical Charlote, levava pelo menos 250 passageiros e 17 tripulantes a bordo. Até agora foram resgatadas 34 pessoas, incluindo o capitão da embarcação. Um corpo foi encontrado. As esperanças de se encontrar pessoas vivas diminuem pelo mau tempo causado pelo ciclone Charlotte.

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O sobrevivente foi retirado hoje das águas por pescadores. Ele disse a autoridades que cerca de 40 pessoas escaparam do naufrágio e estariam ainda no mar, segundo um funcionário do porto em Majene, Sulawesi. Patrulhas por ar e mar retomaram seus trabalhos, dois dias depois do naufrágio.

O ministro dos Transportes, Jusman Syafi’i Djamal, disse que havia uma investigação em andamento para determinar o motivo de o capitão ignorar os alertas proibindo as viagens pelo Estreito Makassar. O governo compensará as famílias das vítimas com o equivalente a US$ 2,4 mil, ou duas vezes a média salarial anual para as empobrecidas famílias da Indonésia.

O Teratai Prima informou por rádio que estava com problemas apenas na madrugada de domingo, pouco antes do naufrágio. Os navios são muito usados como meio de transporte na Indonésia, maior arquipélago do mundo, com mais de 17 mil ilhas.

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Problemas com a fiscalização e a precária segurança, além da superlotação, causam acidentes que matam centenas de pessoas todos os anos. Em dezembro de 2006, um ferry naufragou no mar de Java durante uma violenta tempestade, matando mais de 400 pessoas.