Dois médicos que trataram de uma auxiliar de enfermagem diagnosticada com o vírus ebola na Espanha foram postos em quarentena em um hospital de Madri, por precaução. Os novos pacientes elevam para seis o número de pessoas sendo monitoradas no centro médico, para evitar um possível contágio.
Um porta-voz do hospital Carlos III afirmou que nenhum dos médicos internados apresentou sintomas do ebola. Duas outras enfermeiras, também em quarentena, aguardam para realizar testes para a doença. O representante do centro médico falou à imprensa sob a condição de anonimato, seguindo regras da instituição.
A auxiliar Teresa Romero foi a primeira infectada pelo vírus fora do oeste da África, onde o ebola já matou pelo menos 3,8 mil pessoas. A paciente está em condição estável de saúde e sem febre, um dos principais sintomas da doença. Seu marido também está em isolamento, mas não apresenta sinais de ter sido contaminado.
Na África, os presidentes da Libéria, Guiné e Serra Leoa, os mais impactados pela epidemia do vírus, apelaram ao Banco Mundial nesta quinta-feira por mais ajuda no combate ao ebola.
Também nesta quinta, a Alemanha recebeu o terceiro paciente infectado pelo vírus. O homem trabalha para a Organização das Nações Unidas (ONU) na Libéria e será tratado em uma ala especial do hospital St. George, na cidade de Lepizig. O nome do paciente não foi divulgado.
Um médico ugandense que contraiu o vírus durante o trabalho em Serra Leoa recebe tratamento em Frankfurt. Além dele, um cientista senegalês da Organização Mundial da Saúde (OMS) também foi contaminado e tratado no país. Ele se recuperou da doença e recebeu alta hospitalar em Hamburgo na semana passada.
A primeira pessoa a ser diagnosticada com o ebola nos Estados Unidos, Thomas Eric Duncan, morreu na quarta-feira, em Dallas, no Texas. Para evitar uma epidemia no país, cinco dos maiores aeroportos americanos planejam começar a medir a temperatura de viajantes vindos de países afetados pelo ebola, para identificar sinais da doença e isolar pessoas que possivelmente tenham sido contaminadas. Fonte: Associated Press.