Subiu para 96 o número de mortos no ataque com carro-bomba ocorrido ontem durante um jogo de vôlei, segundo informou a polícia paquistanesa. Neste sábado, os moradores da vila a noroeste do Paquistão, que tentavam resistir à infiltração do Taleban, começaram a enterrar seus mortos. Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque.

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As autoridades locais disseram que aproximadamente 300 pessoas estavam no campo na hora da explosão e que havia um esquema de segurança para os jogos de vôlei e o encontro dos anciãos. O administrador local, Asmatullah Khan, disse hoje que 90 corpos foram identificados, enquanto 6 continuavam sem identificação. Trinta e seis pessoas continuam internados nos centros médicos da região. Oito crianças, seis membros da milícia paramilitar e dois policiais estão entre os mortos, segundo a polícia.

O ataque, ocorrido nos arredores da cidade de Lakki Marwat, foi um dos mais sangrentos na história recente do Paquistão e levou uma dura mensagem de Ano Novo aos paquistaneses que ousam se opor aos extremistas islâmicos armados.

 

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O terrorista suicida detonou cerca de 250 kg de explosivos de alta intensidade em um campo lotado na vila durante um jogo de vôlei, próximo a um encontro de ancião anti-Taleban. Os anciãos, que ajudaram a estabelecer uma milícia anti-Taleban na região, provavelmente eram o alvo dos terroristas, segundo a polícia local. Nenhum dos anciãos foi atingido.

O distrito de Lakki Marwat fica próximo do Waziristão do Sul, uma região tribal onde o exército vem combatendo o Taleban do Paquistão desde outubro. A operação militar é conduzida com o apoio dos EUA, que quer livrar a zona tribal do Paquistão dos militantes que, acredita-se, estejam envolvidos em ataques contra tropas ocidentais no Afeganistão.

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O primeiro-ministro do Paquistão, Yousuf Raza Gilani, prometeu neste sábado derrotar os militantes, dizendo que “a agenda dos terroristas é desestabilizar o país, criar pânico e espalhar o medo”.

O ataque foi condenado pelo Reino Unido e os EUA. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, prometeu que os EUA continuarão a dar apoio ao povo paquistanês “em seu esforços para traçar seu próprio futuro livre do medo e da intimidação”.

A violência cresceu vertiginosamente ao longo dos últimos dois anos e meio no Paquistão, onde as mortes relacionadas a ações de militantes somam mais de 2.800 desde julho de 2007.

A região noroeste do Paquistão vem sofrendo a maior parte da campanha militante, com ataques suicidas a bombas mirando cada vez mais a população civil. Como a força policial na região é insuficiente, mal paga e subequipada, várias tribos assumiram sua própria segurança ao longo dos últimos dois anos, estabelecendo milícias de civis para rechaçar o Taleban.