O número de mortos pela série de explosões em Bagdá, hoje, subiu para 75, e o de feridos, para 400, segundo informam autoridades locais. Os atentados contra prédios comerciais e do governo na capital iraquiana dão sequência aos ataques que já provocaram a morte de centenas de pessoas nos últimos meses. O fato levanta dúvidas sobre a capacidade das forças locais de segurança controlarem o país à medida em que tropas dos Estados Unidos se retiram das principais zonas urbanas iraquianas.
O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, atribuiu os atentados de hoje a insurgentes sunitas que se aproveitaram de mudanças na segurança local, como desbloqueio de ruas e pontes. Maliki disse que o governo “deve reavaliar os planos e os mecanismos de segurança para confrontar a ameaça terrorista e intensificar a cooperação entre as forças de segurança e a população iraquiana”. Em Washington, a Casa Branca denunciou os atentados. O secretário de Imprensa, Robert Gibbs, disse que as ações mostram “o quanto os extremistas vão longe para provocar a devastação”. Apesar disso, Gibbs ressaltou que “o número de ataques no Iraque ainda está próximo de uma baixa histórica”.
Destruição
O primeiro ataque ocorreu pouco depois das 10h locais, perto do Ministério das Finanças, no norte de Bagdá. Minutos depois, ocorreu o atentado perto do Ministério das Relações Exteriores. Além disso, morteiros foram lançados dentro da Zona Verde, segundo funcionários locais. O ataque mais mortífero de hoje foi com um carro-bomba, que matou pelo menos 59 pessoas e feriu mais de 300 perto do Ministério de Relações Exteriores. Os números ainda podem subir, conforme equipes de resgate vasculham os escombros.