A agência de notícias Xinhua informou hoje que o número de mortos no terremoto que atingiu a China nesta semana subiu para 760. O país também registra 243 pessoas desaparecidas e 11.477 feridas pelo sismo de 6,9 graus ocorrido em uma região tibetana montanhosa. Cerca de 15 mil casas ruíram.

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Os veículos das equipes de resgate percorrem uma viagem de 12 horas entre a capital da província de Qinghai, Xining, e a região montanhosa atingida, que ainda sofre tremores secundários. A altitude chega a 4 mil metros, deixando alguns bombeiros cansados e com mal-estar. Mesmo alguns cães usados no resgate sofreram com a altitude, disse Miao Chonggang, vice-diretor de emergências do governo chinês.

O primeiro-ministro, Wen Jiabao, chegou a Yushu na manhã desta quinta-feira, enquanto o presidente, Hu Jintao, em viagem ao Brasil, cancelou escalas programadas na Venezuela e no Peru e decidiu voltar para a China. A medida reforçar a atenção do governo chinês com a região tibetana onde ocorreram protestos contra o governo há apenas dois anos.

Funcionários chineses disseram que alimentos, roupas e tendas são necessárias, e a restrita infraestrutura nos transportes na região, que é ligada à capital da província apenas por uma rodovia e pelo aeroporto de Yushu, está atrasando a entrega de suprimentos. “Nós vimos muitos corpos. Eles estão empilhados como uma montanha”, contou Dawa Cairen, um tibetano que trabalha no grupo cristão Amity Foundation e ajudava nos resgates. “É possível ver muito sangue. Está fluindo como se fosse um rio.”

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