O número de mortes causadas por um surto de cólera no Zimbábue aumentou consideravelmente nos últimos dias, alcançando 746 óbitos entre 15.572 casos suspeitos da doença, informou nesta quarta-feira (10) a Organização das Nações Unidas (ONU). Acredita-se que a epidemia de cólera iniciada em agosto tenha se alastrado por causa da precariedade do sistema de saúde e da infra-estrutura de saneamento básico no país africano.

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O braço humanitário da ONU em Genebra registrava ontem 589 mortes entre 13.960 casos suspeitos de cólera no Zimbábue. Hoje, a entidade informou que o número de mortes subiu para 746.

Na semana passada, o governo zimbabuano declarou emergência sanitária por causa do surto de cólera e da falência dos serviços públicos de saúde. Porém, de acordo com Sikhanyiso Ndlovu, ministro de Informação do Zimbábue, a epidemia estava “sob controle”.

No entanto, agências humanitárias têm advertido que a previsão de mais chuvas para a região ameaça disseminar ainda mais o cólera por uma população já enfraquecida pela doença e pela fome.

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O surto também causa preocupação nos vizinhos do Zimbábue. A África do Sul tem cuidado de dezenas de vítimas zimbabuanas que cruzam a fronteira em busca de ajuda. Recentemente, quase 500 casos de cólera foram diagnosticados na África do Sul; nove pessoas morreram.