O número de mortos na Nigéria nos conflitos do fim de semana subiu para 65, informaram hoje policiais locais e moradores da região. Ontem, radicais islâmicos do norte do país incendiaram uma delegacia, uma igreja e um posto de alfândega, provocando confrontos que acabaram na morte de pelo menos 65 pessoas. “Cinco policiais foram mortos, uma delegacia foi incendiada e 60 talebans morreram”, disse o inspetor-geral da polícia nigeriana, Ogbonna Onovo, comparando os radicais islâmicos à milícia fundamentalista ativa no Afeganistão e no Paquistão.
Em Abuja, a capital nigeriana, Onovo disse que as mortes ocorreram em confrontos ocorridos no decorrer do fim de semana nos Estados de Bauchi, Borno e Yobe, no norte do país. Somente em Bauchi 39 pessoas morreram em uma troca de tiros entre policiais e milicianos depois de uma tentativa frustrada de ataque ontem a uma delegacia. De ontem para hoje, novos confrontos ocorreram em Gamboru-Ngala, uma cidade do Estado nigeriano de Borno, na fronteira com Camarões.
O “Taleban nigeriano” surgiu em 2004, quando estabeleceu uma base em Kanamma, no Estado Yobe, fronteira com Níger. Dali, o grupo passou a promover ataques contra a polícia. A maior parte da população do norte da Nigéria é muçulmana, mas há redutos cristãos nas principais cidades da região, o que causa tensão entre os dois grupos religiosos. Desde 1999, 12 Estados do norte nigeriano estabeleceram a Sharia, código de leis islâmico. As informações são da Dow Jones.