Pelo menos 65 pessoas morreram e outras 200 ficaram gravemente feridas na explosão de uma bomba em uma feira popular na cidade de Quetta, ao sudeste do Paquistão, em uma região que reúne o grupo ético xiita Hazaras. Este é o maior incidente ocorrido desde o início do ano, quando 86 pessoas morreram na mesma cidade, provocando protestos durante todo o dia contra o governo local.

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Os xiistas, uma minoria no país de maioria muçulmana sunita, têm sido alvo de constantes ataques por grupos militantes, que os consideram não muçulmanos e hereges. A etnia Hazaras migrou do Afeganistão há mais de 100 anos e nos últimos anos tem sido alvo de perseguição do grupo militante sunita Laskher-e-Jhangvi.

O chefe da polícia de Quetta, Zubair Mahmood, disse em entrevista que a bomba foi escondida em um tanque de água e foi levada para o local em um trator. Segundo ele, a explosão destruiu lojas na vizinhança e provocou o desmoronamento de um prédio de dois andares. A bomba teria sido detonada por controle remoto.

Mahmood afirmou que a polícia ainda não sabe quem está por trás do atentado, mas uma televisão local reportou que o grupo extremista sunita Lashker-e-Jhangvi teria assumido a responsabilidade pela explosão da bomba.

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Outro policial, Samiullah Khan, disse que a bomba foi detonada enquanto a feira de frutas e vegetais encontrava-se lotada de mulheres e crianças que faziam compras. Os residentes transportaram as vítimas para três hospitais da região em veículos privados porque não havia ambulâncias suficientes para levar os feridos.

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Membros do grupo sectário de minoria xiita tomaram as ruas da cidade em protesto, bloqueando as ruas com pneus em chamas e atirando pedras nos veículos que passavam. Muitos atiraram para o ar para evitar que as pessoas se aproximassem, temendo uma segunda explosão. As informações são da Associated Press.