Pelo menos 50 pessoas morreram e mais de cem pessoas ficaram feridas em um atentado suicida em uma mesquita diante da casa do ex-ministro do interior paquistanês Aftab Khan Sherpao enquanto ele recebia amigos e familiares por ocasião do feriado islâmico de Eid al-Adha. O militante detonou uma bomba repleta de pregos e bolas de chumbo. Esse foi o segundo atentado em oito meses contra Sherpao, que escapou ileso.
A explosão ocorreu numa mesquita construída dentro do complexo residencial onde vive a família de Sherpao, localizado cerca de 40 quilômetros a nordeste da cidade paquistanesa de Peshawar. O militante suicida encontrava-se em uma fila de fiéis quando detonou os explosivos, disse Sharif Virk, comandante da polícia local.
Ninguém reivindicou a autoria do ataque até o momento, mas as suspeitas normalmente recaem sobre a milícia fundamentalista islâmica Taleban ou sobre a rede extremista Al-Qaeda. Quando era ministro de Interior, Sherpao esteve profundamente envolvido nos esforços do governo do Paquistão para combater o Taleban e a Al-Qaeda.
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, condenou o atentado e ordenou às agências de segurança e aos serviços secretos que investiguem e localizem os mentores do ataque.
A explosão aprofunda a sensação de incerteza no Paquistão nos dias que antecedem as eleições gerais, marcadas para 8 de janeiro. O ex-ministro, presidente do Partido Popular do Paquistão-Sherpao, concorre a uma cadeira no Parlamento.