O número de vítimas dos ataques simultâneos realizados na última terça-feira na Nigéria, que atingiram uma delegacia, um centro penitenciário e uma escola no estado nigeriano de Kano, no norte do país, subiram de 11 para 27 após o resgate de vários corpos, informou hoje uma fonte oficial.
O comissário da polícia de Kano, Ibrahim Idris, afirmou que o número de mortos ainda pode aumentar nos próximos dias, já que algumas pessoas continuam internadas em centros hospitalares, a maioria em estado grave.
Os ataques, que tiveram um grande poder de destruição, atingiram a delegacia central de Dala, o quartel de Jakara, a prisão de Goron Dutse e a escola secundária de Sabuwar Doka.
Apesar de nenhum grupo terrorista ter se responsabilizado por essas ações, integrantes do grupo radical islâmico Boko Haram cometeram inúmeros ataques em Kano, sendo que um deles resultou na morte de 180 pessoas em janeiro.
Este último ataque ocorreu apenas um dia depois que o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, nomeasse um novo conselheiro da Segurança Nacional, Sambo Dasuki, que assume o cargo com a missão de “encontrar novas táticas” para lutar contra os terroristas do Boko Haram.
Na última semana, as autoridades confirmaram inúmeros ataques contra igrejas cristãs no norte da Nigéria e também atos de represália, os quais causaram pelo menos 100 mortos.
Os incessantes atentados e ataques por parte da seita radical islâmica Boko Haram, que se intensificaram desde 2009, já causaram mais de 1,2 mil mortos na Nigéria.
Com 170 milhões de habitantes, divididos em mais de 200 grupos tribais, o país mais povoado da África sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.