O número de mortos em ataques do Exército norteamericano com mísseis às bases da Al-Qaeda no noroeste do Paquistão aumentou para 22, informou neste sábado (24) autoridades e residentes. Entre eles, oito eram suspeitos de serem militantes estrangeiros. Um funcionário do governo local informou que as autoridades no Paquistão estão tentando descobrir se entre os mortos está um militante egípcio da Al-Qaeda.
O ataque ocorrido ontem, o primeiro desde que o presidente Barack Obama tomou posse na Casa Branca, sugere que ele irá permitir que as forças norteamericanas continuem operando dentro do Paquistão em busca de operações do Tabelan e Al-Qaeda. Líderes paquistaneses estão reclamando que os ataques dos EUA com mísseis, mais de 30 desde agosto do ano passado, violam a soberania do país e mina os esforços do governo para tentar conter a violência islâmica em casa. Entretanto, oficiais norteamericanos defendem a tática e dizem que os ataques atingiram apenas líderes militantes do Afeganistão.
Os Estados Unidos não confirmam os ataques com mísseis, que são em grande parte atribuídos a operações da CIA estabelecidas nas vizinhanças do Afeganistão. O controle que o governo paquistanês tem desta parte de suas fronteiras é pequeno, e a região e considerada como provável local de esconderijo do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, e outros líderes terroristas.