Pelo menos 22 pessoas morreram em três ataques suicidas perpetrados nesta quarta-feira (29) nas regiões de Somalilândia e Puntland, na Somália. Informações iniciais indicavam 19 mortos. A informação é de Ismail Adani, um porta-voz da república separatista da Somalilândia, no norte somali. Entre os alvos estão um escritório da Organização das Nações Unidas (ONU), o consulado da Etiópia e o palácio presidencial na capital da Somalilândia, Hargeisa. Até o momento, ninguém assumiu a responsabilidade pelos ataques.

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Segundo Adani, 19 mortes estão confirmadas em Somalilândia, mas equipes de resgate ainda procuraram por sobreviventes e buscam mais corpos, motivo pelo qual há temores de que o número de vítimas possa aumentar.

Militantes suicidas também atacaram dois complexos do setor de inteligência na região de Puntland, no nordeste somali. Um funcionário do governo local informou que os dois suicidas e um segurança morreram nesse ataque. Cinco pessoas ficaram feridas.

A onda de ataques coincide com o início das negociações, no Quênia, para discutir a grave crise política neste país do Chifre da África. No passado, porém, militantes islâmicos promoveram ações similares para coincidir com o início de esforços liderados pela ONU da solucionar o caos político em que se encontra a Somália.

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A Somália não tem governo central desde 1991, quando senhores da guerra derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre e depois voltaram-se uns contra os outros. Um governo provisório apoiado pela ONU foi formado em 2004, mas encontra extrema dificuldade para impor autoridade.