Subiu para 156 o número de casos da influenza A (H1N1) na Europa. A doença, chamada de gripe suína, afeta 13 países do continente, conforme levantamento do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês). Entre ontem e hoje, mais 14 ocorrências foram confirmadas: sete na Espanha, três na França, duas no Reino Unido, uma Alemanha e outra na Holanda. Do total de casos da região, 22 ocorreram dentro dos próprios países, e não em pessoas que retornaram do México ou dos Estados Unidos. Segundo o ECDC, ainda não há configuração de transmissão contínua no continente, como ocorre atualmente na América do Norte.
Hoje, especialistas da Agência Médica Europeia (European Medicines Agency – EMEA) recomendaram ampliar o prazo de validade do remédio Tamiflu, utilizado para combater a gripe, de cinco para sete anos. Mesmo as cápsulas que já estão no mercado poderiam ter a utilização ampliada para mais dois anos após o vencimento. Segundo a EMEA, as pessoas que possuem Tamiflu em casa com validade expirada recentemente não devem se desfazer do remédio. A recomendação tem o objetivo de impedir a falta do antiviral no caso de uma pandemia – epidemia generalizada.
O Tamiflu, produzido pela indústria farmacêutica suíça Roche, vem sendo comprado por governos em todo o mundo, o que está produzindo o desaparecimento do produto das prateleiras das farmácias. Segundo um anúncio feito hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já foram confirmados 2.500 casos da gripe em 25 países em todo o mundo.
A OMS deverá reduzir a duração de sua assembleia anual, que ocorreria entre os dias 18 e 27 de maio em Genebra, para apenas cinco dias em razão do risco de pandemia e do combate ao vírus. Na Europa, o país mais afetado é a Espanha, com 88 casos, seguido pelo Reino Unido, com 34 confirmações. Mas, segundo as autoridades desses países, todos apresentaram um quadro clínico leve e uma resposta favorável ao tratamento.