Explosões ocorridas na região central do Iraque mataram 23 pessoas hoje, ferindo também o governador da província de Anbar. Pelo menos 13 dos mortos são policiais.
Os ataques desta quarta-feira preocuparam os norte-americanos, porque a província de Anbar foi uma região onde extremistas da Al-Qaeda tinham apoio, antes que muitos insurgentes deixassem a organização terrorista e se juntassem às forças dos EUA e do governo iraquiano.
O tenente da polícia Imad al-Fahdawi disse que duas bombas explodiram em Ramadi, 115 quilômetros a oeste de Bagdá. Segundo ele, um suicida num carro provocou a primeira explosão na estrada principal perto de prédios administrativos da província.
O governador Qassim al-Fahdawi, o vice-chefe de polícia e outros funcionários inspecionavam os danos quando um outro suicida, que estava a pé, detonou um colete de explosivos nas proximidades.
O vice-chefe de polícia morreu e o governador e outros funcionários ficaram feridos. A polícia instituiu toque de recolher no local, disse al-Fahdawi.
O médico Ahmed Abid Mohammed confirmou as vítimas e relatou que o governador sofreu queimaduras no rosto e ferimentos no abdômen e em outras partes do corpo.
Existem 18 governadores provinciais no Iraque. Anbar é um local onda a população é majoritariamente sunita, a mesma do ex-ditador Saddam Hussein.
A província foi um local de grande movimentação insurgente antes de o Exército dos Estados Unidos começarem a pagar os combatentes para que se juntassem ao programa governamental Filhos do Iraque, também conhecido como Conselho do Despertar.
Credita-se aos Filhos do Iraque grande parte da estabilização do país por causa da luta dos grupos contra a Al-Qaeda. Mas seus integrantes têm sido alvo de uma série de ataques e cinco deles foram mortos num posto de checagem ontem, também na região central iraquiana.