O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou hoje que a suspensão do Paraguai vai ser debatida na Cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Lima, no Peru, nos dias 29 e 30.
O chanceler não antecipou, contudo, se a tendência é revogar ou manter suspensão.
Em junho, o Paraguai foi suspenso da Unasul e do Mercosul pela forma como foi conduzido o processo relâmpago de impeachment do então presidente Fernando Lugo. A avaliação, na ocasião, foi de que a ordem democrática naquele país estava abalada.
O chanceler brasileiro aposta na eleição marcada 21 de abril de 2013 para que a democracia seja consolidada no Paraguai. Em outubro, Patriota havia dito ser improvável o retorno do Paraguai à Unasul.
No entanto, a decisão de revogar a suspensão do Paraguai pode sair antes do pleito. Os comentários de Salomon Lerner, presidente do grupo da Unasul, que analisa com lupa as instituições democráticas paraguaias, foram positivos.
A decisão será tomada pelos presidentes sul-americanos que vão participar do encontro da Unasul e será fundamentada em relatório elaborado pelo grupo de alto nível sobre o funcionamento do Judiciário, Legislativo e Executivo do Paraguai.
Deve ser enviada ainda uma missão de observadores da Unasul para o acompanhamento das eleições presidenciais no Paraguai.
Dilma
Ainda não está confirmada a presença da presidente Dilma Rousseff no encontro da Unasul. A presidente, que vai à Argentina nesta quarta-feira, pode cancelar a viagem a Lima prevista para a noite de quinta-feira.
Além dos desdobramentos da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que apura esquema de venda de pareceres em diferentes órgãos do governo federal, Dilma precisa se debruçar sobre o projeto dos royalties do pré-sal que deve ser sancionado ou vetado até a próxima sexta-feira. No sábado, a presidente embarca para São Paulo para participar do sorteio das chaves da Copa das Confederações.
