O Congresso Nacional Africano (CNA), partido que governa há 15 anos a África do Sul, mantém uma liderança folgada na apuração das eleições gerais do país. Com a apuração quase terminando, a sigla está perto de seu objetivo de conseguir dois terços de maioria no Parlamento. Porém o CNA deve perder o controle da legislatura provincial de Western Cape, coração da produção vinícola, de frutas e do turismo no país. Os números finais das eleições devem sair ainda hoje ou no início do dia de amanhã. Os resultados preliminares, com quase 14,5 milhões de votos apurados, mais de 80% do total, mostram que o CNA de Jacob Zuma lidera com 66,9%.

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O Parlamento elege o presidente por maioria simples, portanto Zuma está bem perto de tornar-se o próximo presidente, quando a nova Casa votar o tema, em maio. A Aliança Democrática, principal partido oposicionista, ficou com 15,6%, segundo o balanço preliminar. Já o Congresso do Povo – dissidência da CNA formada no ano passado – obtinha um mau resultado, com 7,53%.

O CNA venceu todas as eleições desde o fim do Apartheid, em 1994, quando foi eleito Nelson Mandela. Caso consiga uma maioria de dois terços, o partido pode passar grandes mudanças orçamentárias e a legislação em geral sem dificuldade, inclusive com a opção de mudar a Constituição. Ontem, Zuma, líderes do CNA e partidários já comemoravam, dançando e bebendo champanhe no centro de Johannesburgo, nas proximidades da sede do partido. O CNA vê Zuma como seu primeiro líder que pode energizar a população desde o lendário Mandela. Porém para os críticos trata-se de um populista, anteriormente envolvido em acusações de corrupção e estupro, além de demonstrarem ceticismo quanto à capacidade de Zuma liderar o país em meio aos problemas econômicos.

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