Milhares de manifestantes pró-regime sírio se reuniram em uma praça de Damasco neste domingo para protestar contra a decisão da Liga Árabe de suspender a Síria devido às suas ações contra o levante de oito meses no país.
A decisão de ontem da Liga Árabe foi uma forte reprovação a um regime que se orgulha de ser um bastião do nacionalismo árabe, mas não deve acabar imediatamente com uma onda de violência que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), já matou mais de 3.500 pessoas desde meados de março.
Na noite de ontem, manifestantes invadiram as embaixadas da Arábia Saudita e do Qatar para protestar contra a votação dos 22 membros da Liga. A decisão em si não deve afetar seriamente a manutenção no poder do presidente Bashar Assad, mas se a Síria agir mais contra os Estados do Golfo corre o risco de vê-los ampliar a oposição síria em uma entidade unificada que pode conquistar o reconhecimento internacional, como aconteceu durante a guerra civil na Líbia neste ano.
As forças de segurança sírias confrontaram os manifestantes no sábado com cassetetes e gás lacrimogêneo, mas não conseguiram impedir que um grupo tomasse a embaixada do Qatar e baixasse a bandeira do país, substituindo-a pela bandeira síria. Outros entraram na embaixada da Arábia Saudita, quebrando janelas e saqueando algumas áreas, informou a mídia do país. A Arábia Saudita condenou o ataque em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
Hoje, milhares de pessoas carregando bandeiras sírias e pôsteres de Assad reuniram-se em uma praça de Damasco, afirmando apoio ao presidente. O líder sírio culpa extremistas que trabalham com uma agenda estrangeira para desestabilizar a Síria pela violência. As informações são da Associated Press.