Centenas de sírios protestaram nesta segunda-feira (5) na capital Damasco contra a ofensiva de dez dias de Israel na Faixa de Gaza. Foram queimadas bandeiras israelenses e dos Estados Unidos, além de imagens dos líderes dos dois países. Os manifestantes levavam bandeiras dos grupos militantes palestinos Hamas e Jihad Islâmica e do grupo militante xiita Hezbollah, além de bandeiras palestinas e sírias.
Alguns também traziam cartazes ou caixões com críticas ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e aos “regimes moderados árabes”, por não fazerem o suficiente para interromper a violência. Alguns dos presentes entoaram gritos contra Egito e Jordânia, nações árabes cujos governos firmaram acordos de paz com Israel.
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, manteve reuniões com o comentarista de assuntos islâmicos Yussef al-Qaradawi, que realiza um tour pela região a fim de arrecadar fundos para os 1,5 milhão de habitantes da Faixa de Gaza. Mais de 520 pessoas morreram em Gaza desde Israel lançar a ofensiva, em 27 de dezembro, segundo médicos palestinos.
Mauritânia
A Mauritânia, um dos três países da Liga Árabe que mantêm laços diplomáticos totais com Israel, retirou seu embaixador desse país, em protesto contra a operação em Gaza. “A República Islâmica da Mauritânia decidiu convocar seu embaixador de Israel hoje”, afirmou hoje uma fonte do Ministério das Relações Exteriores. As informações são da Dow Jones.
