O regime sírio recusou hoje o pedido do secretário-geral da ONU (Organização das nações Unidas), Ban Ki-moon, de fazer um cessar fogo unilateral para acabar com os confrontos violentos com a oposição.

continua após a publicidade

Em resposta, o governo do ditador Bashar Assad pediu que os rebeldes terminem os combates antes das tropas governamentais para que cheguem à paz no país.

O porta-voz da Chancelaria síria, Jihad Maqdesi, argumentou que nas tréguas anteriores os insurgentes aproveitaram para ampliar seu efetivo armado em algumas regiões.

continua após a publicidade

Por isso, pediu que o chefe da ONU envie emissários aos países que têm influência sobre os rebeldes para que os convençam a diminuir o financiamento e incentivem o fim das ações violentas.

Dentre os países citados, estão a Turquia, que enfrenta uma crise com a Síria na região de fronteira, e Arábia Saudita e Qatar, que financiam abertamente os rebeldes.

continua após a publicidade

“Esses países devem mostrar seu compromisso com o fim dessas ações, já que têm influência sobre os grupos armados, para que estes terminem com os combates”, disse Maqdesi.

Cessar fogo

Ban Ki-moon fez a proposta na segunda-feira durante reunião com o presidente da França, François Hollande, que se mostrou preocupado com a possibilidade de expansão da crise a países vizinhos, o que pode ameaçar a estabilidade no Líbano e na Jordânia.

Para o chefe da ONU, a situação no país é insustentável. “Tentei fazer com que o governo sírio entenda que deve declarar um cessar fogo unilateral”, disse, insistindo que a solução política é a única solução.

Ele acredita que, dessa forma, os rebeldes vão aceitar o fim dos confrontos. Ban ainda pediu que organizações armadas e países terminem de enviar material militar à zona porque a situação dos sírios pode ficar mais difícil.

Por sua parte, o presidente francês se referiu ao risco representado pelo conflito sírio ao Oriente Médio, especialmente após a série de ataques e retaliações entre a Síria e a Turquia.