Um grupo ligado à Al-Qaeda advertiu civis para que fiquem distantes da estrada que liga a região central da Síria à província norte de Alepo, declarando a via como zona militar. Os rebeldes tentam interromper uma das principais rotas de abastecimento do regime para o norte do país.

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O aviso foi feito um dia depois de os rebeldes realizarem uma ofensiva no norte do país, tomando três vilas na província onde há um impasse militar desde o ano passado.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, e o Centro de Mídia de Alepo disseram que o Jabhat al-Nusra, ou Frente Nusra, ameaça atacar qualquer veículo que use a estrada a partir de quarta-feira. Uma cópia do aviso foi disponibilizada na internet.

O regime usa a via para enviar suprimentos para suas forças no norte, já que os rebeldes interromperam a principal estrada que liga Damasco a Alepo, onde forças do regime combatem rebeldes em batalhas de rua há um ano. A estrada foi aberta e pavimentada pelas forças do regime no início deste ano.

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O comunicado, que traz em emblema da Frente Nusra, diz que o Exército sírio “abriu esta via para carros e caminhões civis, quando, de fato, trata-se de uma estrada militar”.

“Há confrontos e operações militares diárias no local. Guerreiros santos colocaram armadilhas na via”, diz o documento, instruindo civis a não usar a estrada e afirmando que o Exército os usará como “escudos humanos para cobrir seus movimentos”.

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Se os rebeldes conseguirem interromper a via, a medida vai representar um importante golpe para o regime, já que tornará mais difícil o envio de reforços militares e outros tipos de suprimentos para a província de Alepo, cujo controle está, majoritariamente, nas mãos dos rebeldes.

Na segunda-feira, os rebeldes capturaram três vilas a sudoeste da capital provincial, que também se chama Alepo e é a maior cidade do país.

Dentre as vilas capturadas está Khan al-Assal, que tem estado na linha de frente de combate. Em março, armas químicas foram supostamente usadas no local, matando mais de 30 pessoas. O governo sírio e os rebeldes responsabilizam-se mutuamente pelo ataque. Fonte: Associated Press.