Uma onda de sequestros entre militantes islâmicos de grupos rivais na cidade Síria de Alepo corre o risco de se espalhar pelo país com lutas entre os rebeldes, depois que confrontos mataram pelo menos quatro militantes no início desta semana, disseram ativistas neste sábado, 18.

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O diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, baseado na Grã Bretanha, Rami Abdul-Rahman, disse que uma coalizão de grupos rebeldes, conhecido como Conselho Superior da Magistratura, acusou outra facção da oposição armada, a Ghurabaa al-Sham, de pilhagem em fábricas no bairro industrial de Alepo.

Alepo, a maior cidade Síria e um antigo centro comercial, é dividido entre rebeldes e o controle do governo. Qualquer luta interna entre os rebeldes jogaria a cidade nas mãos do regime, que está tentando chamuscar a imagem da oposição dizendo é dominado por extremistas ligados à rede Al-Qaeda.

Alepo, uma cidade de 3 milhões de habitantes e que já foi um bastião de apoio ao presidente Bashar Assad, foi envolvido em intensos combates desde que os rebeldes realizaram uma investida em julho e dominaram vários bairros. Ao longo das últimas semanas, as forças do regime têm feito uma contraofensiva na cidade, principalmente focada em empurrar os rebeldes para além do aeroporto internacional e uma base aérea militar próxima.

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Abdul-Rahman disse que as tensões entre facções rebeldes têm aumentado em áreas mantidas pela oposição, principalmente no lado leste da cidade. Os dois grupos, o Conselho Judicial e o Ghurabaa al-Sham, entraram em confronto nesta terça-feira perto de Alepo, em uma luta que deixou quatro membros do Conselho Judicial mortos, disse Abldul-Rahman. Ele acrescentou que o Conselho Judicial agora está mantendo dezenas de membros da Ghurabaa al-Sham em cativeiro.