Autoridades da Síria libertaram um total de 61 mulheres que estavam presas, segundo o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos. Trata-se da recente troca de prisioneiros, parte de um dos mais ambiciosos acordos negociados durante a guerra civil síria, em que facções rivais mantém-se contrárias a acordos de paz.
O Observatório, sediado em Londres, disse nesta quinta-feira que o governo do presidente Bashar Assad libertou as mulheres nos últimos dois dias. Autoridades sírias não haviam feito comentários sobre a libertação nem fornecido detalhes sobre quem são as mulheres e onde elas estão.
Segundo o grupo, a libertação foi parte de uma complicada troca de reféns intermediada pelo Catar e pela Autoridade Palestina, pela qual rebeldes sírios libertaram nove xiitas libaneses e um grupo armado do Líbano libertou dois pilotos turcos.
Autoridades libanesas disseram que a terceira parte do acordo pediu que o governo da Síria libertasse as mulheres que estavam detidas para atender às exigências dos rebeldes. O envolvimento do Líbano, Síria, Turquia, Catar e Autoridade Palestina mostra a extensão que o conflito sírio alcançou na região.
Energia
Nesta quinta-feira, o fornecimento de energia foi retomado em partes de Damasco, horas depois de um corte de energia atingir a capital e outras regiões. A agência estatal de notícias da Síria disse que o Ministro da Energia, Imad Khamis, afirmou que a eletricidade voltaria em todas as áreas afetadas dentro de 48 horas. O governo culpou um ataque de rebeldes pela interrupção, que danificou um gasoduto responsável por fornecer combustível para usinas no sul da Síria.
Confrontos
Apesar dos esforços internacionais para a intermediação de uma solução política para a questão síria, não há sinais de redução dos conflitos. Nesta quinta-feira, os rebeldes dispararam pelo menos 15 morteiros contra o subúrbio de Jaramana, nas proximidades de Damasco, local predominantemente pró-governo. Jaramana fica perto de outro subúrbio, Mleiha, onde disputas entre rebeldes e forças do governo já duram dias.
Também nesta quinta-feira, jatos do governo realizaram ataques contra posições rebeldes ao redor de Mleiha e contra Saqba. Militares também atacaram os subúrbios de Jobar e Qaboun, informou o Observatório.
Ao norte da capital, um carro-bomba explodiu na cidade de Homs, matando uma pessoa e deixando pelo menos 40 feridas, informou a agência estatal de notícias. Fonte: Associated Press