A Síria ignorou a nova iniciativa árabe para encerrar o derramamento de sangue no país e enviou tropas para a cidade de Homs nesta segunda-feira.

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No domingo, os integrantes da Liga Árabe concordaram em pedir à Organização das Nações Unidas (ONU) o envio de uma força de paz para a Síria, onde segundo ativistas mais de 6 mil pessoas já morreram vítimas da brutal repressão contra opositores, iniciada em março do ano passado.

O governo do presidente Bashar Assad rejeitou a iniciativa.

Poucas horas depois do anúncio da decisão da Liga Árabe, tropas de Assad voltaram a atacar Baba Amr, reduto rebelde na sitiada cidade de Homs, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres.

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“A vizinhança de Baba Amr tem sido alvo de ataques esporádicos desde as 5h (3h em Brasília) realizados pelo Exército sírio”, disse o grupo em comunicado enviado à agência France Presse.

Forças do governo também invadiram casas e detiveram pessoas em Basra al-Sham, na província de Deraa, berço da revolta.

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“Ocorreram violentos confrontos entre desertores e soldados que invadiram Lajat (também na província de Deraa) e detiveram as mães de quatro dissidentes”, informou o Observatório.

Um funcionário do governo disse que a Síria está determinada a esmagar a dissidência, independentemente das iniciativas da Liga Árabe, segundo informações divulgadas pela agência oficial de notícias Sana.

“A decisão não vai impedir o governo sírio de cumprir suas responsabilidades de proteger seus cidadãos e restaurar a segurança e a estabilidade”, disse o funcionário, cujo nome não foi divulgado.

“A Síria rejeita decisões que são uma flagrante interferência nos assuntos internos do país e uma violação à sua soberania nacional.”

Ativistas disseram que as forças de Assad mataram pelo menos 500 pessoas em Homs desde que começaram a atacar a cidade com uma barragem de bombas, morteiros e granadas propelidas por foguete em 4 de fevereiro. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.