Síria e Irã reforçam união e recusam pedido dos EUA

A Síria e o Irã deram hoje uma demonstração de união e desafiaram os Estados Unidos ao rejeitar o pedido de Hillary Clinton, secretária norte-americana de Estado, para que Damasco suspenda relações com Teerã.

O presidente sírio, Bashar Assad, e seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, assinaram hoje um acordo removendo a exigência de vistos de viagem entre os dois países e participando de uma cerimônia muçulmana em Damasco, capital síria.

A visita de Ahmadinejad à Síria ocorre após Hillary dizer que Damasco deveria começar a se afastar de Teerã e deixar de apoiar o movimento xiita libanês Hezbollah, que também é respaldado pelo Irã.

“Talvez tenhamos entendido Hillary de forma errada por causa de uma tradução mal feita ou de nossa limitada compreensão, então assinamos um acordo para cancelar a exigência de vistos”, disse Assad.

“Achei estranho eles (os americanos) falarem sobre estabilidade no Oriente Médio, paz e outros belos princípios e pedir para dois países se afastarem”, acrescentou.

Segundo Ahmadinejad, “os dois países têm os mesmos objetivos, os mesmos interesses e os mesmos inimigos. Nosso ciclo de cooperação está aumentando dia a dia”.

As relações entre Irã e Síria se intensificaram após a Revolução Iraniana, em 1979, que levou os clérigos xiitas ao poder. Assad apoia o Irã em sua disputa com o Ocidente por causa de seu programa nuclear e diz que as ações das potências para pressionar Teerã constituem uma “neocolonização”.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, França, Rússia, Reino Unido e China -, além da Alemanha, estão discutindo novas sanções contra o Irã por causa das suspeitas de que esteja tentando construir uma bomba nuclear, algo que Teerã nega.

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