Síria diz que não cederá, após suspensão da Liga Árabe

O ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, disse nesta segunda-feira que o governo em Damasco não irá ceder, apesar da suspensão do país da Liga Árabe, qualificada por ele como um “passo perigoso”. “A decisão da Liga Árabe de suspender a Síria representa um passo perigoso”, afirmou ele na capital do país.

“Hoje há uma crise na Síria, que paga o preço por suas posições fortes. A Síria não irá se curvar e emergirá mais forte, e os golpes contra a Síria fracassarão”, afirmou o ministro. Muallem disse que a administração não está preocupada com a possibilidade de intervenção militar estrangeira no país, por causa da oposição a isso de China e Rússia.

“A Síria não é a Líbia. O cenário líbio não será repetido. O que está ocorrendo na Síria é diferente do ocorrido na Líbia e o povo sírio não deve se preocupar”, disse ele. “Tenho certeza que a Rússia quer ter um papel efetivo no diálogo a ser mantido e isso é algo positivo.”

Muallem agradeceu a posição de Rússia e China sobre a Síria e disse esperar que ela não mude.

A Liga Árabe convocou uma reunião sobre a Síria na quarta-feira, após suspender o país do grupo. A Síria sofre condenação internacional por reprimir protestos pacíficos com violência. As Nações Unidas afirmam que mais de 3.500 pessoas já morreram na repressão oficial do regime do presidente Bashar Assad.

Dezoito dos 22 membros da Liga Árabe votaram a favor da suspensão da Síria. Grupos favoráveis ao regime atacaram embaixadas em Damasco de França, Catar, Arábia Saudita e Turquia. O chanceler se desculpou pela violência. O Catar e a Arábia Saudita estavam entre os que votaram pela suspensão síria.

O ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, condenou a atitude da Liga Árabe de suspender a Síria. Já um porta-voz da chancelaria da China disse que o país asiático pressiona Damasco para implantar o plano de paz proposto pela Liga Árabe, a fim de encerrar o período de oito meses de violência no país.

Diplomatas da União Europeia disseram nesta segunda-feira que o bloco deve sancionar 18 cidadãos sírios e congelar créditos, para aumentar a pressão sobre o regime de Assad. As informações são da Dow Jones.

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