A Síria retirou hoje sua candidatura a uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em razão da forte repressão do governo contra manifestantes da oposição.
Países ocidentais haviam feito forte pressão diplomática para impedir os esforços da Síria de participar do conselho. O Kuwait vai tomar o lugar da Síria no grupo de países asiáticos indicados para ocupar as cadeiras no conselho, sediado em Genebra, a partir do ano que vem.
“A Síria se retirou durante uma reunião do grupo asiático e seu lugar foi tomado pelo Kuwait”, afirmou Manjeev Singh Puri, vice-embaixador da Índia na ONU, que participou da reunião. O embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, descreveu a medida como uma troca, dizendo que seu país vai participar da próxima rodada de eleições para o conselho, daqui a dois anos.
A França, a Grã-Bretanha, os Estados Unidos e outros países ocidentais fizeram lobby contra a Síria, principalmente após o início da repressão contra os manifestantes da oposição, que segundo estimativas já deixou centenas de mortos.
Um porta-voz da missão britânica disse que a retirada da Síria foi “a melhor coisa que podia acontecer”. “Nós consideramos que é absolutamente inapropriado para um país que realiza uma violenta repressão contra manifestantes pacíficos buscar a participação no Conselho de Direitos Humanos”, disse o porta-voz. As informações são da Dow Jones.
