Ativistas sírios acusaram hoje o governo de usar gás cloro em um ataque a uma cidade controlada por rebeldes, que causou a morte de ao menos seis pessoas e contaminou outras dezenas, inclusive crianças.

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O suposto ataque à cidade de Sarmin é o primeiro relato do uso de armas químicas no país desde que o conselho de Segurança aprovou, no início desde mês, uma resolução condenando o uso de tais recursos na Síria. A resolução, patrocinada pelos Estados Unidos, prevê o uso de força militar caso novas violações aconteçam.

Entretanto, qualquer ação do tipo iria precisar do consentimento do Conselho de Segurança, que permanece dividido sobre a questão. Enquanto os Estados Unidos e seus aliados apoiam a oposição ao regime de Bashar Assad, Moscou tem usado seu poder de veto em diversas ocasiões para proteger seu aliado.

Um oficial sírio em Damasco negou que o governo tenha feito o ataque, e acusou os rebeldes. “O exército não usou e nunca usará armas proibidas internacionalmente”, disse o oficial, que preferiu não se identificar.

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Já o principal grupo opositor apoiado pelo Ocidente, a Coalizão Nacional Síria, disse que o governo usou helicópteros para jogar quatro bombas na cidade. Duas delas continham gás cloro. Segundo os rebeldes, cerca de 70 pessoas sofreram de problemas respiratórios por causa do ataque.

“Ao menos que o Conselho de Segurança tome medidas para assegurar a responsabilização, nós continuaremos a fingir que Assad irá parar de usar tais armas contra inocentes na Síria”, disse o porta-voz da Coalizão, Salem Al-Meslet. Fonte: Associated Press.

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