Forças da Síria lançaram a mais violenta repressão a Homs em duas semanas nesta sexta-feira, disseram ativistas. Um dia antes, a Assembleia Geral das Nações Unidas apoiou com larga margem uma iniciativa árabe pedindo que o presidente Bashar Assad renuncie.
Foguetes foram lançados em Khaldiyeh e Bayyada, focos de resistência no centro do país, segundo um ativista da oposição na área. “É o mais violento (ataque) em 14 dias. É inacreditável: extrema violência, como nunca havíamos visto antes, com uma média de quatro foguetes a cada minuto”, relatou Hadi Abdullah, da Comissão Geral da Revolução Síria. Segundo ele, os distritos de Baba Amr Inshaat, Khaldiyeh e Bayyada foram atacados nesta sexta-feira. O ativista disse que um número “sem precedentes” de aviões militares sobrevoavam Homs.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos afirmou que duas pessoas morreram na província de Deir Ezzor, no leste do país, nesta sexta-feira. Um jovem foi morto a tiros por forças de segurança em um posto de controle e a outra vítima da violência era um soldado.
Na quinta-feira, a Assembleia Geral da ONU exigiu o fim imediato da repressão brutal à oposição na Síria. Grupos de direitos humanos afirmam que mais de 6 mil pessoas morreram nos últimos 11 meses. A resolução foi adotada por 137 votos a 12, e exigia a renúncia de Assad. Rússia, China e Irã estiveram entre os contrários ao documento, que tem sobretudo valor simbólico.
A Anistia Internacional afirmou que a resolução “envia uma mensagem clara e inequívoca da comunidade internacional à Síria para parar imediatamente o brutal ataque contra pessoas inocentes”. As informações são da Dow Jones.