Síria acusa EUA de tentarem atrapalhar encontro de países árabes

 A Síria acusou nesta quarta-feira (26) os Estados Unidos de tentarem atrapalhar o encontro de países árabes a ser realizado esta semana em Damasco. A reunião mostrou divisões no mundo árabe: o Egito, por exemplo, anunciou que não enviará um alto funcionário para o evento.

O fato de o encontro anual ocorrer em Damasco piorou a divisão entre a Síria e os países árabes aliados dos Estados Unidos. O Líbano anunciou que boicotará o encontro. Já a Arábia Saudita informou que enviará um membro menos graduado do governo, e não o rei Abdullah.

A Arábia Saudita e o Egito estão particularmente descontentes com a Síria por causa da crise política no Líbano. Ambos acusam Damasco de bloquear a eleição de um novo presidente, com o auxílio do Hezbollah. Os EUA e seus aliados apóiam o governo liderado pelo primeiro-ministro Fuad Saniora.

Há divisão também em relação aos palestinos. A Síria apóia enfaticamente o Hamas e a Jihad Islâmica, grupos militantes islâmicos. Já a Arábia Saudita e o Egito estão do lado do presidente Mahmoud Abbas, do partido laico Fatah, e tentaram isolar o Hamas após o grupo tomar o controle da Faixa de Gaza, em junho.

O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moallem, evitou criticar o Egito e a Arábia Saudita por não enviarem representantes mais graduados. Segundo ele, "esta é uma decisão soberana…a Síria considera bem-vinda qualquer forma de representação".

Segundo o ministro, Saniora perdeu uma ótima chance de discutir a crise e as "relações sírio-libanesas" no encontro. Ele afirmou que os EUA estavam por trás do boicote.

"Estas são tentativas de torpedear o encontro porque é um encontro com o qual os EUA não têm nenhuma relação, nem na sua agenda nem nas decisões que serão tomadas."

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo