SIP alerta para ataques à liberdade de imprensa

Os assassinatos e atentados contra jornalistas são a ameaça mais visível à liberdade de imprensa. Mas a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) está preocupada com o que considera ser uma onda de armadilhas jurídicas, pressões econômicas e acusações de fundo político e ideológico feitas por diversos governos da América Latina contra a imprensa.

A animosidade entre governos e meios de comunicação cresceu na medida em que presidentes de esquerda ou centro esquerda assumiram o poder em países como Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina, Uruguai e Brasil.

O clima de embate levou a SIP a incluir o assunto em sua assembleia-geral, que este ano ocorre na cidade de Mérida, no Estado mexicano de Yucatán – o encontro teve início ontem e termina na terça-feira.

O exemplo mais evidente é o da Venezuela, onde o presidente Hugo Chávez cassou a concessão da RCTV, a principal emissora de televisão do país, repetindo a medida ao longo dos últimos anos com diversas emissoras de rádio e TV. Como justificativa, o governo acusa os principais meios de comunicação da Venezuela de ter apoiado abertamente o fracassado golpe de Estado de 2002. Para o diretor de Liberdade de Expressão da SIP, Ricardo Trotti, “houve excessos de ambos os lados, mas perseguir indiscriminadamente os meios de comunicação venezuelanos é o mesmo que querer acabar com o cristianismo porque existem padres pedófilos. Não tem sentido.”

A SIP espera discutir o tema abertamente com o presidente do México, Felipe Calderón, que é aguardado hoje no encontro. Sob seu governo, 11 jornalistas foram assassinados desde o início do ano. Outro líder esperado é Porfirio Lobo, de Honduras, onde uma onda de assassinato de jornalistas ocorreu depois do golpe de Estado de 28 de junho do ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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