Sindicatos encerram paralisação contra alto preço de combustível

Três sindicatos de caminhoneiros espanhóis encerraram nesta segunda-feira (16) uma paralisação contra os altos preços dos combustíveis. O locaute afetou bastante o fornecimento para fábricas e supermercados do país, até perder força.

Os sindicatos Fenadismer, Confedetrans e Antid informaram a suspensão temporária do locaute, iniciado no dia 9 de junho. Segundo as organizações, isso ocorre "para não causar um dano econômico maior ao setor".

Os grupos representam principalmente motoristas autônomos, aproximadamente 12% dos profissionais deste ramo no país.

Os sindicatos alheios à paralisação, que representam a grande maioria do setor na Espanha, fizeram um acordo com o governo na semana passada. Foi anunciado um pacote de benefícios para compensar os preços crescentes do combustível, que foram a razão do locaute.

As medidas, porém, não contemplavam a principal reivindicação dos motoristas parados: valores mínimos garantidos pelo frete. "O governo trabalhou para cobrir uma ferida que sangra no ramo, mas não foi curada e cedo ou tarde se abrirá de novo", afirmaram os três sindicatos em comunicado.

As associações de caminhoneiros se disseram abertas a futuras negociações com o governo. Segundo elas, não haverá mais protestos.

O locaute atrapalhou a distribuição de mercadorias para supermercados, principalmente em relação a alimentos. Além disso, fábricas, como as do setor automotivo, sofreram com a falta de peças de reposição, o que atrapalhou a produção.

Os motoristas ergueram barricadas nas principais vias de Madri e Barcelona, esta a segunda cidade mais importante do país. O governo convocou a tropa de choque para liberar algumas áreas.

No final de semana, os trabalhadores já retornavam gradualmente ao trabalho. Um grupo minoritário de caminhoneiros, chamado Plataforma de Defesa do Transporte, anunciou que permanece parado. A polícia realizou operações nesta segunda-feira para evitar manifestações desse grupo em Madri e ordenou que caminhões que não transportavam mercadorias deixassem as rodovias.

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